quinta-feira, 5 de maio de 2011

Moral e Ética : Qual papel da escola?

Moral e ética, ás vezes, são palavras empregadas como sinônimos: conjunto de princípios ou padrões de conduta. Ética pode também significar Filosofia da Moral, portanto, um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas humanas.
Assim, a moralidade humana deve ser enfocada no contexto histórico e social. Por conseqüência, um currículo escolar sobre ética pede uma reflexão sobre a sociedade contemporânea na qual está inserida a escola; no caso o Brasil do século XX.
Podemos afirmar, portanto que ética trata de princípios e não de mandamento. A ética é um eterno pensar, refletir, construir etc.
Cabe a escola empenhar-se na formação moral de seus alunos. As pessoas não nascem boas ou ruins; é a sociedade, quer queira, quer não, que educa moralmente seus membros, embora a família, os meios de comunicação o convívio com outras pessoas tenha influência marcante no comportamento da criança. É, naturalmente, a escola também tem. Mesmo com limitações, a escola participa da formação moral de seus alunos. Valores e regras são transmitidos pelo professores, pelos livros didáticos, pela organização institucional e etc.
 É tarefa de toda a sociedade fazer com que esses valores vivam e se desenvolvam.
Para que um indivíduo se incline a legitimar um determinado conjunto de regras, é necessário que o veja como traduzindo algo de bom para si, como dizendo respeito a seu bem estar psicológico.
Em resumo, as regras morais devem apontar para uma possibilidade de realização de uma “vida boa”, do contrário, serão ignoradas. 
Existe ainda o auto-respeito. É evidente, que cada um procura ter imagens boas de si, ou seja, ver-se como valor positivo.
Se é verdade que não há legitimação das regras morais sem um investimento afetivo, é também verdade que tal legitimação não existe sem a racionalidade, sem o juízo e a reflexão sobre valores e regras.
Portanto pensar sobre moralidade não é tarefa simples: são necessárias muita abstração, muita generalização e muita dedução. Com essa definição, pode-se concluir que mentir por omissão não significa trair a verdade, mas não revelá-la a quem tem direito de sabê-las.
A escola deve ser um lugar onde os valores morais são pensados, refletidos, e não meramente impostos ou frutos do hábito.
Tanto a afetividade como a racionalidade desenvolvem-se a partir das interações sociais, desde a infância e durante a vida toda.
Ora, sendo que o desenvolvimento moral depende da afetividade, notadamente do respeito próprio, e da racionalidade, e sendo que a qualidade das relações sociais tem forte influência sobre estas, a socialização também tem intima relação com o desenvolvimento moral.
Enfim, é necessário que o indivíduo possa experimentar, no seu cotidiano, esse respeito, ser ele mesmo respeitando no que tem de peculiar em relação aos outros. A escola pode ser esse lugar.  E deve sê-lo.


 

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