sexta-feira, 27 de maio de 2011

Síndrome de RETT

Por ser uma deficiência relacionada ao cromossomo X está ligada dominantemente nas meninas, apesar de raros casos entre meninos. A incidência é de 1 a cada 15 mil crianças nascidas.
Somente em 1999 foi descoberto esse tipo de mutação do gene MECP2 no cromossomo x, mas apesar de bastante severa as crianças bem observadas podem atingir a fase adulta e viver por muitos anos.
Ao nascer aparentemente não apresentam deficiência, no entanto, já se sabe que muitos sinais podem ser observado em bebês ainda muito pequenos, entre 6 e 18 meses, passam a apresentar severo comprometimento das funções motoras, com regressão do desenvolvimento neurológico.
A criança portadora da síndrome de RETT apresenta as seguintes características:
·     Baixo crescimento global;
·     Pode apresentar auto-agressão;
·     Movimentos repetitivos com as mãos (parecido ao de lavar as mãos);
·     Leva a mão frequentemente à boca e bate palmas compulsivamente;
·     Apresenta crises convulsivas em 50% dos casos;
·     Alterações no sono como: insônia e ranger dos dentes;
·     Geralmente tem dificuldades respiratórias apresentando crises pneumáticas de repetição;
·     Pode ocorrer constipação intestinal;
·     Capacidade de fala diminuída, podendo parar de falar;
·     Perda de interesse por brincadeiras – próximo ao comportamento autista;
·     Microcefalia;
·     Diminuição no crescimento de pés e mãos;
·     Dificuldade para andar, “anda como se estivesse marchando;”
·     Comunicação predominantemente pelo olhar.
É de extrema importância para o desenvolvimento global da criança com Síndrome de RETT, a inserção dela numa equipe multidisciplinar envolvendo FISIOTERAPEUTA, FONODIÓLOGO, MUSICOTERAPEUTA, TERAPIA OCUPACIONAL, e PSICOPEDAGOGO, além disso a criança precisa de acompanhamento contínuo NEUROLÓGICO, ORTOPÉDICO, PNEUMOLÓGICO e, na adolescência GINECOLÓGICO.
Aos pais e professores é preciso estar atento aos demais sintomas complementares que podem auxiliar num diagnóstico precoce possibilitando assim uma chance maior de inserir socialmente essa criança para favorecer seu desenvolvimento social cognitivo e principalmente emocional.
São eles:
Nos primeiros anos de vida:
1.     Hipotonia
2.  Crises convulsivas
3.  Bruxismo
4.  Distúrbios respiratórios
5.  Constipação intestinal.
Ao longo da vida:
1.      Refluxo gastresofágico
2.   Pés e mãos pequenas e extremidades finas
3.   Atrofia muscular tardia
4.   Espasmos cerebrais tardios.
Intervenções que cabe ao professor com alunos portadores da síndrome de RETT:
* Proporcionar momentos coletivos
* Elogiar e encorajar
* Trabalhar com a auto-imagem, usando um espelho
* Estimular expressões não verbais como caretas e risos
* Observar o sorriso como indicador de felicidade
* Desenvolver atividades com música
*  Explorar o olhar, pois eles se comunicam dessa maneira
* Permitir atividades de escolha, para elevar o controle e autonomia
*  Verificar quais são as formas de estado emocional- ex: auto-agressão como: mordidas, puxões de cabelo, bater a cabeça em objetos etc.
* A rotina deve ser antecipada
* A sala deve ser organizada de modo que facilite a comunicação
* Elaborar um álbum com figuras separadas por campo semântico
* Elaborar um álbum com diferentes texturas
* Oferecer objetos diferentes
* Estimular as habilidades auditivas: músicas e sons diversos
Você pode conhecer mais sobre esse tema no site da associação brasileira de síndrome de RETT
O profissional da educação tem que ter em mente que inclusão não é teoria, inclusão se faz quando nos interessamos em saber como o DIFERENTE aprende.

 

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Vygotsky um olhar para a alfabetização.

Aprendizagem significativa.
A abordagem Vygotskiana sobre a educação nos oferece elementos para a compreensão de como se dá a integração ensino aprendizagem e desenvolvimento da criança. Por ser um autor interacionista, ele parte do princípio que a criança aprende no seu convívio social e para tanto a escola tem um papel muito importante.
Ao interagir com conhecimentos dados na escola, a criança se transforma ampliando seus conhecimentos, porém para Vygotsky é preciso uma avaliação criteriosa dos métodos utilizados nas escolas e para que o trabalho pedagógico obtenha sucesso é essencial promover avanço nos desenvolvimento do aluno, trabalhando na zona de desenvolvimento proximal.
Os trabalhos de “prontidão” são alvos de crítica de Vygotsky, pois ele acredita que o bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento, que mesmo já estando presentes no indivíduo, necessita da intervenção e mediação de pessoas mais experientes para que essa aprendizagem fique inculcada nos alunos.
Levando em consideração os pontos abordados por Vigotsky, é preciso que a escola amplie o conhecimento que a criança já traz do seu cotidiano, de forma a atingir a zona de desenvolvimento potencial. Contudo, para que ocorra a apropriação desse conhecimento é necessário que exista também a internalização psicológicas (onde o aluno transforma processos concretos do dia-a-dia em atividades internas).
Diante disso, é possível que a alfabetização ocorra de maneira mais fácil e prazerosa e deve ser estimulada e valorizada já que a questão da brincadeira no contexto escolar tem uma função significativa no processo de desenvolvimento infantil, porque por meio da imitação, da brincadeira, do uso de instrumentos e signos, a criança internaliza o modo de agir e pensar do seu grupo social, além de compreender regras e valores, podendo dialogar, questionar e compartilhar saberes, tornando o aprendizado não sistemático, mas SIGNIFICATIVO.   

segunda-feira, 23 de maio de 2011

AMANDA GURGEL- Você sabe quem é essa mulher?

A história do Brasil é composta por momentos diversos, alguns de extrema importância, outros de vergonha até.
Mas quem é essa mulher que anda por ai na mídia contando e “contaminando” todos com uma história de educação que todos conhecem, sabem de cor, alguns vivenciam, outros escutam falar, da criança ao mais crescidinho aposentado essa história antiga ela fez parecer NOVA!!!
E agora estamos movidos por um sentimento de alívio e desassossego – enfim, alguém falou o que todos queriam dizer.  
Che Guevara- Mandela- Martim Luter King-
Amanda Gurgel?
Aquela que silenciou os deputados em audiência pública.  
Não sei quanto tempo ainda vamos ouvir esse nome por ai, mas enquanto estamos escutando quero deixar aqui – no meu veículo de comunicação - minha extrema e sincera admiração, não apenas pela professora que teve coragem de falar bem alto aos deputados e ao mundo a real e conhecida situação da educação no Brasil, mas a admiração que tenho à mulher que escolheu a profissão tão nobre, tão digna, tão linda de ser e “sobrevive da educação” torna-se a “salvadora da pátria, e como ela mesma diz”.
Que distribuição de renda é essa que paga tão mal os que “salvam a pátria amada?”.
Gostaria de pedir que meus leitores votem, leiam, assistam aos vídeos desse protesto e os vejam com o olhar que só tem o educador que vê a educação com os olhos mais límpidos possível.
Amanda Gurgel – meus sinceros parabéns! 
Colem esse link no seu navegador e aplaudam ela também.
http://www.youtube.com/watch?v=yFkt0O7lceA

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Você sabe o que é AUTISMO?

“Transtorno de desenvolvimento caracterizado por dificuldades e anormalidades em várias habilidades de comunicação, relacionamento social, funcionamento cognitivo, processamento sensorial e comportamental.” (Gary B. Mesibov)

Desde 1943, quando foi diagnosticada pala primeira vez, a síndrome autista vem sendo estudada e recentes pesquisas têm focado na identificação das características neurológicas com a intenção de intervenção precoce.
Não existe causa para o autismo, apesar de existir várias pesquisas sobre o assunto.
O comportamento autista também pode ser diagnosticado como TEA (Transtorno do Espectro do Autismo), que apresenta dificuldades nas seguintes áreas:
·        Interação social;
·        Comunicação e linguagem
·        Imaginação.
No entanto, há diversos registros sobre habilidades incríveis de alguns autistas, geralmente nas áreas de matemática, artes e música.

Algumas curiosidades
A única maneira de descobrir se a criança é autista é por meio de observação clínica, não existe nenhum exame que comprove.
Cerca de 10 a 20 crianças em 10 mil têm autismo. A incidência é maior nos homens.
Não existe um “culpado” para uma criança ter nascido com autismo.
Características:
·        Risos ou gargalhadas inadequados
·        Não tem medo de perigos reais
·        Brinca de maneira estranha
·        Resiste aos métodos normais de ensino
·        Não olha nos olhos
·        É distante e retraído
·        Age como se fosse surdo
·        Crises de choro sem razão aparente
·        Dificuldade de interagir
·        Resiste a mudança de rotina
·        Habilidades motoras desniveladas
·        Hiperatividade física
·        Apego inadequado a objetos.
Profissionais da educação precisam ter em mente que para receber um aluno autista e possa obter êxito, observe sempre seu comportamento e ofereça-lhe atividades que propiciem sua participação.
Atividades para autista devem ser estruturadas para otimizar uma situação de aprendizagem e principalmente levar em consideração os aspectos:
1.   Realizar planejamento individual;
2.   Observar o aluno em situações livres e dirigidas;
3.   Escolher os objetivos das atividades baseando-se nas dificuldades de cada criança.
4.   Efetuar a atividade com base na idade cronológica e não infantilizar.
As atividades devem focalizar diversos aspectos:
Entrada: na hora da entrada na escola deve ser relatado ao aluno para desenvolver noções temporais.
História: a hora da historia pode ser trabalhada tanto com fantasias, como com fatos reais, situando o aluno no contexto do que esta sendo lido.
Atividades: podem ser feitas na mesa, no chão, no pátio, em momentos individuais ou, principalmente, em grupos.
Higiene: para promover maior independência e aos poucos a criança desenvolverá sua autonomia.
Alimentação: promoverá maior independência e autonomia se o educador orientá-lo a pegar seu alimento, manusear talheres, copo, prato etc.
Recreio: dentro da rotina escolar essa é a hora de maior interação.
Passeio: oportunidade de vivenciar situações sociais junto à comunidade.
Recreação: oportunidade de ampliar o repertório motor, desenvolvida por meio das brincadeiras, com regras fáceis e materiais diversos.
Saída: a criança compreende que é hora de ir para casa e organiza seu próprio material.

Veja mais sobre o autismo



Espaço Leitura


Usando jogos matemáticos nas suas aulas


Publico alvo:

1º ano do fundamental I

Objetivos:

1º ano: Desenvolver noções de dezenas e unidades;
 Realizar adição utilizando cálculo mental.   

 Conteúdo:

Dezenas e Unidades;
Adição;
Somas de 10.

Técnicas:

Jogos em dupla ou quarteto com resposta oral.

Jogos utilizados:

Encontre 10.
ENCONTRE 10

Material: Cartas numeradas feita em casa, seis de cada número de 1 a 9 (54 cartas);  tabuleiro 2
Número de jogadores: 2 a 4 jogadores
Objetivo: compreender a relação do valor posicional. Realizar adições. Cálculo mental

Como jogar:
O objetivo do jogo é encontrar duas cartas que somam 10 (8 + 2). Aquele que juntar o maior número de pares dentre os jogadores é o vencedor.
Todas as cartas são distribuídas igualmente entre os jogadores, exceto a última, que é colocada voltada para cima no centro da mesa. Todos os jogadores mantêm as cartas recebidas viradas para baixo em um monte, sem vê-las.
Quando chegar a sua vez, cada jogador vira a carta superior do seu monte. Se essa carta puder ser usada com a que está sobre a mesa para fazer um 10, o jogador pode pegá-la, mantendo o par consigo. Se a carta não puder ser usada, o jogador terá que descartá-la, deixando-a voltada para cima no centro da mesa junto com a anterior. Se por exemplo, o jogador virar um 6 e houver apenas 3 sobre a mesa, ele terá de descartar o 6, passando a vez para o próximo.
Fonte: KAMII, Constance. Crianças Pequenas Reinventam a Aritmética. Artmed. 2005.

Observações: embora seja bem simples esse jogo é muito eficaz para  compreensão do valor posicional, cálculo mental e somas com números até 10. Este também é um jogo muito apreciado e eficaz pelos alunos do 1º ano, mas pode ser estendido para o segundo e terceiro ano.

Feche a caixa;

FECHE A CAIXA

Material: doze cartas numeradas de 1 a 12, dois dados, Tabuleiro 6
Numero de jogadores: 2 jogadores.
Objetivos: realizar somas de 1 a 12.

Como jogar:
Este jogo  é comercializado com o mesmo nome e acompanha uma caixa, mas os números vão somente até o 9.
Jogo: as doze cartas são organizadas em seqüência de 1 a 12, voltadas para cima. Um jogador de cada vez joga os dois dados e vida de cabeça para baixo quantas catas forem necessárias para completar o total dos dados. Por exemplo: se o jogador consegue um 6 e um 2, pode virar o 8; o 1 e o 7; o 2 e o 6; o 3 e o 5; o 1, o 2 e o 5; ou o 1, o 3 e o 4, joga  os dados novamente e continua jogando até que não consiga completar o número total dos dados com as cartas restantes. Então, conta o  numero de pontos das cartas que sobraram ainda voltadas para cima e as anota. A vez passa para o próximo jogador, que inicia com todas as 12 cartas abertas.
Os pontos   que sobram ao final e cada rodada são somados ao total prévio dos jogadores. Quando um jogador atinge 45 pontos é eliminado. O vencedor é o último a atingir 45 pontos.
Fonte: KAMII, Constance. Crianças Pequenas Reinventam a Aritmética. Artmed. 2005.

Observações: este jogo é muito apreciado por crianças de 6 a 10 anos. Trabalha dezena e unidades ao mesmo tempo e possibilita ao estudante realizar as operações de adição através do cálculo mental. No mercado existe a mesma proposta com uma caixa de madeira. Embora o princípio seja o mesmo, as crianças apreciam muito o fato de fecharam a caixa e o fazem ruidosamente. Os números podem ser ampliados até 24 para os alunos de 3º e 4º anos.

Jogos fornecidos pela prof: Sônia Bessa

Substantivo – Classificação de Gênero, Número e Grau.

Plano de aula para o 3ºano

Objetivos:

Distinguir o substantivo masculino e feminino.
Flexionar palavras do singular para o plural e vice-versa.
Identificar o aumentativo e o diminutivo das palavras mais conhecidas.
Conteúdo:

Gênero do substantivo - feminino e masculino.
Número do substantivo - singular e plural.
Graus do substantivo - aumentativo e diminutivo.
Técnicas:

Leitura das definições dos conteúdos no livro didático;
Identificação de frases masculinas e femininas;
Transformação de palavras e frases do singular para o plural;
Formação do aumentativo e diminutivo dos substantivos;
Exercício de classificação – Gênero, número e grau.
Recursos:

Livro didático da turma.
Recortes de palavras
Cartolina;
Cola

Avaliação:
Através da atividade de flexionar corretamente os substantivos, sua interação e hipóteses levantadas.

Interpretação de texto – Lendo através das embalagens.

Plano de aula para o 4º ano.
Objetivos:Identificar o tipo de informação possível de ser encontrada nas embalagens.
Compreender as principais informações trazidas nas embalagens.
Utilizar a leitura para buscar informações nos textos.
Antecipar significados e utilizar informações não-verbais.
Conteúdo:Leitura e escrita.
Texto de embalagens
Linguagem não-verbal presente nas propagandas.
Técnicas:
Conversa sobre informações contidas nas embalagens.
A partir dos textos encontrados nas embalagens, responder:
* Qual é o produto?
* Para que serve?
* A quem se destina?
Montar um cartaz co rótulos e embalagens, classificando-os conforme previamente combinado.Recursos: 
Rótulos e embalagens de produtos diversos.
Papel Craft
Canetão.
Avaliação: Através da montagem do cartaz onde o aluno vai classificar as informações obtidas nas embalagens, respondendo as questões acima discutidas.

domingo, 15 de maio de 2011

Plano de aula - Alimentação Saudável

Publico alvo
2º ano

Objetivos

*Identificar os grupos alimentares que fazem parte de uma alimentação saudável;

Conteúdo

*Alimentação

Técnicas

*Roda de conversas sobre alimentação de cada aluno;
*identificar através de figuras alimentos saudáveis;
*Desenhar os alimentos consumidos freqüentemente durante o dia;

Recursos

*Caderno de desenho;
*Lápis de cor

Avaliação

*Participação;
*Organização;
*Observação;

A temática alimentação saudável está em alta e a maioria dos currículos exige alguma atividade voltada para esse assunto.
Incremente suas aulas com essa ideia pratica  e de fácil, aplicação na sala de aula. Aproveite para inserir alguma receita que dê pra fazer com os alunos na própria sala de aula, use sua criatividade e boa sorte.



Trabalhando hábitos de higiene na sala de aula.

Aula prática de hábitos de Higiene
PUBLICO ALVO
2º Ano do fundamental I
OBJETIVO
*Desenvolver cuidados simples de higiene com o corpo e o ambiente e reconhecer a importância dos bons hábitos de higiene que utilizamos no dia-a-dia;
CONTEÚDO
*Hábitos de higiene;
TÉCNICAS
*Realizar uma roda de conversas, cada aluno irá falar o que acha do tema e como cuidar do corpo e do ambiente através da higiene;
*Confeccionar atividades com recortes e colagens de embalagens de todos os tipos de produtos de higiene para, elaboração de cartazes e os expor para escola;
RECURSOS
*Cartolina
*Cola
*Livros
* Revistas
*Panfleto de supermercado;
AVALIAÇÃO
*Desenvolvimento nas atividades;
*Comportamento;                         
*Empenho
Atividades relacionadas ao cotidiano infantil chamam muita atenção das crianças e o comprometimento delas na sala de aula.
Capriche nos painéis para chamar ao máximo a atenção de seus alunos.